Infelizmente
a maioria dos pilotos não pode escolher em qual tipo de piso quer voar, isso é
definido basicamente pela proximidade da sua casa com algum clube, ou pelo
preço de construção e manutenção de cada. Mas, como podemos frequentar outros
clubes, informações sobre cada tipo são muito válidas.
Este
ótimo tema foi sugestão do nosso leitor Alexandre Leite, que por não ter muita
familiaridade com estes pisos, pediu nossa ajuda. Faça como ele, caso tenha
sugestões envie-nos um e-mail.
Já
falamos sobre o tamanho ideal da pista nesse
artigo, acredito que este - sobre cada tipo de piso - seja uma bela
continuação do anterior, por isso recomendo a leitura.
O
principal em qualquer pista, por mais incrível que possa parecer, é a manutenção,
e não o tipo do piso. Já voei em boas pistas de terra, da mesma maneira que em
pistas ruins de asfalto. Por isso antes de construir qualquer uma, pesquise
qual manutenção é necessária para não se decepcionar depois.
Terra
Vamos
começar com a mais simples, mas que também requer certos cuidados. Sua
principal vantagem é o preço de construção, que se baseia basicamente nas horas
de máquinas empregadas, como tratores e motoniveladoras. Porém sua construção
não é das mais simples, pois é preciso fazê-la em desnível, para conduzir a
água da chuva corretamente e não empoçar. Além, é claro, de compactar bem o
solo.
Sua
manutenção é uma das mais chatas, pois a água da chuva cria valetas (pequenas
erosões) na sua extensão pelo solo estar descoberto, e isso deve ser sanado
colocando terra e compactando nos pontos corretos. O mato é outro grande
problema, pois mesmo sendo terra batida, ele insiste em crescer em alguns
lugares.
O
carburador é algo que merece bastante atenção também, pois caso entre grãos de
terra ou areia há grande chance de riscar a camisa e assim diminuir em muito a
potência e compressão do motor.
Por
isso é recomendável a utilização de filtros ou uma meia calça cortada na tomada
de ar do carburador. Em aeromodelos com o motor na posição “normal” o cuidado
pode ser menor, aqueles com o motor invertido que devem ser tomadas maiores
precauções.
Para
o voo, a terra suja bastante o avião, os glows então nem se fala. Até aqueles
mais altos sofrem com a poeira levantada ao acelerar. Assim sendo, recomenda-se
taxiar o mínimo possível; e dependendo do estado da pista, matar o motor logo
após o pouso bem sucedido. Caso você pense, durante o voo, que não suja muito,
na hora da limpeza vai descobrir que estava errado.
Você
irá sentir dificuldade principalmente com buracos e desníveis, e em alguns
casos com áreas interditadas por toceiras de mato. Atenção especial a pontos
com terra solta, pois dependendo da situação, podem segurar seu avião e tirá-lo
da proa ou até mesmo piloná-lo. Atentando-se a isto, ela se assemelha muito ao
asfalto, mas claro, nas devidas proporções.
Grama
Sua
construção é uma continuação da pista de terra, pois demanda um trabalho
semelhante no início, porém mais prolongado e complexo no final. Até a grama
“pegar” no solo ela deve ser bem cuidada, com irrigação e adubação conforme o
recomendado pelo vendedor.
Seu
custo é intermediário e a manutenção é baseada em irrigação, corte, e limpeza
[da grama cortada]. É uma boa opção quando não se quer gastar muito e ter uma
pista de alta qualidade.
Quando
o gramado é homogêneo, não se tem problemas com desníveis, ou com o avião
puxando para algum lado. E pelo solo ser coberto, elimina-se a erosão e poeira.
Ela
é amada por muitos, que a preferem comparada ao asfalto. O pouso fica bem mais
curto, pois a pista “segura” o aeromodelo, o que é uma grande vantagem. Porém,
na decolagem é prejudicial, pois é necessário correr mais pista antes de sair
do chão. Não é boa para aviões pequenos, que por causa do tamanho da roda
tendem a enroscar, e caso possuam trem de pouso convencional, pilonar.
Asfalto
Podemos
chamá-la de supra-sumo das pistas, aquela que todos desejam. Realmente, em
minha opinião, é bem melhor que as anteriores. Mas seu custo às vezes chega a
ser proibitivo, e sua construção deve ser feita por uma empresa especializada.
Sua
manutenção é simples e focada mais ao entorno do que na pista propriamente
dita. Pois para evitar erosão, é praticamente obrigatório plantar grama ao
redor, o que também já cria uma bela área de escape. Porém o asfalto se
desgasta, e com o tempo começa a soltar seus pequenos pedriscos, e isso sim
pode ser um grande problema para modelos pequenos. Por isso é recomendável
recapear quando necessário.
Por
ser um piso rígido, o pouso deve se mais suave, para não estragar o aeromodelo.
Não vejo muitas desvantagens no asfalto, talvez um pouso mais longo, por
deslanchar mais. Em caso de lenha na pista o estrago geralmente é grande,
chegando até a quebrar o motor dependendo da queda.
Como
vocês puderam perceber, todos os pisos possuem vantagens e desvantagens,
cabendo a cada piloto decidir seu preferido. Claro que dependendo do modelo não
vale a pena voar em pista de terra, como os jatos, pois alguma pedra pode bater
na turbina e danificá-la. Outros já não conseguem voar na grama, como os
aeromodelos pequenos.
Ainda
ficou com alguma dúvida sobre os tipos de piso? Já teve alguma história curiosa
com algum deles? Deixe seu comentário aqui embaixo!
Muito bom, gostaria que abordassem sobre helices bipa tripa e quadripa quando usa-la vantagem e desvantagem qual motor pode se usa-las eficiencias de cada uma pois um aeromodelo com uma tripa ou quadripa fica muito mais bonito, Obrigado.
ResponderExcluirObrigado pela sugestão Fernando, é um bom tema, vou escrever sim sobre ele.
Excluirboa , marcelo !
ResponderExcluirOlá bom dia eu gostaria de perguntar sob motor a gas..pois tenho um 20 cc e tenho q voar com. Lenta alta e no pouso abortar....onde gostaria de pousar com.motor cera..defeito..ou regulajen motor. Dle novo pode me ajudar?
ResponderExcluirA regulagem do motor gasolina é bem parecida com o glow; pelos sintomas parece regulagem da agulha de baixa, tente abrir ela um pouco (1/4 de volta) e ver se melhora.
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