Posso afirmar que é uma das categorias mais belas do
aeromodelismo, pois nela o voo é acompanhado de uma música, e o avião voa em
sincronia com esta. Isso sem mencionar as passagens baixas (muito baixas mesmo)
e a fumaça, que embelezam ainda mais o espetáculo.
Muitas pessoas confundem o voo estilo livre com o voo 3D,
mas são coisas bem diferentes. 3D é uma
categoria de manobras, e inclui: torque roll, hover (harrier), Rolling-harrier
(slat), elevator, slat spin... já o voo estilo livre é uma categoria de
competição a qual o piloto é livre para executar quais manobras ele quiser,
podendo ser manobras 3D ou de precisão. Apesar de muitos pilotos executarem
várias manobras 3D em sua gama de free style, ela não é restrita apenas a
essas.
O free style oferece ao piloto quatro minutos para que
ele mostre toda a sua habilidade de voo, e por isso também pode ser conhecida
pelo seu nome em inglês: four minutes.
Uma música é tocada durante todo o voo, e ela é iniciada
assim que o caller (auxiliar do piloto) abaixa o braço. Seu início pode se dar
junto com o tempo ou antes dele, tudo a critério do piloto. Por isso que sempre
vemos uma pessoa atrás do piloto com os dois braços levantados.
Algumas regras de segurança devem ser respeitadas nesta
categoria:
- O avião não pode tocar o solo e nem ser tocado pelo
piloto durante os quatro minutos, caso o motor morra e o piloto pouse antes do
tempo, o voo é desconsiderado;
- O avião não pode cruzar a deadline, linha limite que
caso ultrapassada, também desconsidera o voo imediatamente. Sua posição depende
da regra da competição, mas geralmente ela fica no piloto, e caso o piloto ande
para frente, também “leva” a deadline.
Ao contrário das categorias de precisão, como IMAC
e F3A,
o Free Style possui um julgamento bastante subjetivo, ou seja, o quesito
opinião do juiz conta bastante, apesar de muitos não assumirem.
Os quesitos de voo analisados são:
Sincronia com a música: de nada adianta colocar um rock
pesado para fazer um voo reto e nivelado. O avião deve acompanhar tanto as
batidas quanto a velocidade da música. Por ser um show aéreo, tudo deve estar
em sincronia, como em uma apresentação musical.
Arrojo do piloto: Aqui o quesito habilidade e perícia
entram. O piloto demonstra que consegue voar baixo? Ele consegue executou
manobras com alto grau de complexibilidade? Quanto mais difíceis as manobras,
maior a pontuação.
Exploração da caixa de voo: Não adianta ficar apenas
baixo e próximo à pista, numa boa apresentação o avião deve passar por todos os
lugares da caixa de voo: alto, baixo; perto, longe; direita esquerda. Quanto
mais variado, maior a pontuação.
Variedade das manobras: Parafusos, loopings, Rolling-harriers,
rolls... quanto maior a variedade das manobras, maior a pontuação. E o motivo é
obvio, pois variedade demonstra habilidade.
Precisão das manobras: de nada adianta fazer inúmeros rolls
em tempo de a asa não parar na posição correta; da mesma maneira que um looping
todo torto não vale o mesmo que um looping perfeito. Apesar de ser estilo
livre, fazer manobra torta ainda sim desconta ponto.
Os aeromodelos mais utilizados são acrobáticos 35% de
escala (Extra, Edge, Yak, Sukhoi...) por sua maior agilidade de execução, mas
nada impede que outras escalas também participem, tanto menores quanto maiores.
A única exigência para a maioria das competições é que seja escala, isto é,
replica de uma aeronave real.
Claro que de uma competição para a outra algumas regras
podem mudar, por isso é muito importante ler o regulamento do campeonato de seu
interesse.
O voo pode parecer criado na hora, mas os pilotos passam
meses e meses ensaiando e treinando para pedacinho da sua apresentação.
Caso ainda tenha qualquer dúvida sobre a categoria, ou
queira acrescentar algo, deixe seu comentário aqui embaixo!
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